Minha vida se esvai em incertezas poderosas. Deus me desestabiliza e me joga de encontro a mim mesmo. Mas nessa armadilha emocional, Deus ri de mim. Ir para aonde? Pra dentro. Peguei o expresso de meditação e estou indo para o centro do meu Ser encontrar Deus. Quando cheguei lá eu não estava. Nós rimos. Rimos de mim e da minha loucura. Como eu posso descer da roda de sansara? Não nascer mais e por isso não morrer. Hoje eu morri de novo, pela décima ducentésima vez. Desaprendi a contar mas aprendi a perceber minha loucura. Dentro dela, a sanidade acena. Dizendo: Olá! O ego me cumprimenta com suas máscaras sutis. Eu o cumprimento de longe, mas ele ri com minha boca. Eu sempre fui iluminado porque minha mãe deu a luz. Mas a companhia de luz explodiu meu bueiro mental. Sigo impávido colosso de insanidade procurando meu Ser fora. Mas Deus jogou fora a chave do meu coração. Sorrindo, entrei como um enfarte, num harakiri mágico, dançando com minha loucura, a cura. Estás maravilhoso hoje, disse a enfermeira. A minha lápide será. Mármore em branco. Rey Biannchi
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