Nas asas do amor, eu sigo leve, mas geralmente o peso da dor faz com que eu voe baixo. Espero e desespero e continuo em frente, sendo carregado por minha filha que dorme em meu colo. Horas em que nada acredito e em que desacredito em tudo, mas ver a realidade espiritual me conduz ao agora e sigo. Fantasmas emocionais me assolam e os espanto com meu sorriso gélido. Mergulho no vácuo de mim mesmo e no fundo, lá estou eu dormindo, alimentado pelo leite da consciência.
Num combate desigual e covarde, egos que cultivei me acossam. Mas mesmo na descrença, confio. Não acredito. Eu sei. Sei que uma força descomunal conduz minha existência e me fundo a ela. Perdi a consciência do eu na meditação e me fundi no Universo amoroso e inteligente. Meu ego busca a vitória, o reconhecimento, a segurança, a certeza. Mas minha filha de 39 dias me mostra que as vezes, tudo na vida é um peito de leite e só. Ela me mostra a incerteza, a fragilidade, a insegurança, o choro como única forma de se comunicar. E encontro no amor por ela em mim,a certeza total do amor universal. Ela me mostra que mesmo quando minha linguagem nessa vida é só chorar, chorar por leite, frio, fome, unicamente chorar!
Mesmo assim o Divino me acolhe amorosa e abundantemente. Rey Biannchi
sábado, 17 de março de 2012
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