SOU MINHA PRÓPRIA OBRA DE ARTE –
Muitas dores, amores, construções e
desconstruções, obras e demolições, World Trade Centers internos, destruições e
desabamentos. Filhos, relacionamentos, perdas e danos, lucros, “loves” e
mortes. Em pé no meu velório de ontem, hoje já renasci para morrer mais tarde.
No meu exercício iconoclástico de me desconstruRIR vou vivendo. De desgraça em
graça, somos destruídos pelo amor e construídos pela dor. Vou me polindo
através dos acontecimentos da vida, dos insights, sou obra de arte sempre
inacabada que sempre se expande, as vezes até invisível e menor, mas preciosa.
Me reinvento no desespero e na força do encanto, sou homem, menino, nem tanto.
Todo dia nada acontece mas tudo é sempre hoje, no HOJE a morte e a vida. AGORA
é o ponto de ligação com o futuro, o passado e presente. Nunca antes nem
depois. Já. Mas neuroses me põem no ontem e no amanhã. Sou Rodin o pensador,
Sou Van Gogh sem orelha, sou a Monalisa banguela sorrindo pra hipocrisia.
Riqueza sou eu, de emoções e vivências, uma estátua de carne e ossos, viajada
de sangue. Que bela obra de arte nosso corpo, esculpido de sensações coloridas
e tragicômicas, uma roupa de astronauta onde habita nossa alma. Sou vida
jorrando, auto emulando com mil cabeças humanas vestidas de pseudo monstro. O
pincel Divino com que me pinto usa a paleta do destino. Sou obra de arte,
única, rara, exposta viva, aos bilhões, no seio da Terra. Obra inacabada por
fora e completa por dentro, sempre viva em movimento. Somos Michelangelos
esculpindo o mármore corpóreo até que o Cristo apareça. Amor Omnia Vincit – Rey
Biannchi
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