SOU UM SÁTIRO,
MENESTROLL DO HUMOR - "castigat ridendo moris" que se pode
traduzir como "castigar os costumes pelo riso".(Eu, Amaury Jr e o
mestre Juca Chaves na foto - ) A sátira é uma técnica
literária ou artística que ridiculariza um determinado tema (indivíduos,
organizações, estados), geralmente como forma de intervenção política ou outra,
com o objetivo de provocar ou evitar uma mudança. O adjetivo satírico refere-se
ao autor da sátira.A paródia pode
estar relacionada com a sátira. A paródia imita outra forma de arte, de uma
forma exagerada, para criar um efeito cómico, ridicularizando, geralmente, o
tema e estilo da obra parodiada. Ainda que por vezes as técnicas próprias da sátira
e da paródia se sobreponham, não são sinónimas. A sátira nem sempre é
humorística - por vezes chega a ser trágica. A paródia é, inevitavelmente de
carácter cómico. A paródia é imitativa por definição - a sátira não tem de o
ser. O humor satírico tenta, muitas vezes, obter um efeito cómico pela
justaposição da sátira com a realidade. O principal objectivo da sátira é
político, social ou moral - e não cómico... O humor satírico tende, pois, para
a sutileza, ironia e uso do efeito cómico do deadpan (impassibilidade do
humorista, como se não percebesse o ridículo das situações que apresenta).Nas sociedades
célticas, cria-se que uma sátira composta por um bardo tinha efeitos físicos,
semelhantes a uma maldição.Hoje ainda podemos
falar de sátiras e paródias audiovisuais, que nada mais são do que as
reproduções da sátira ou da paródia como as conhecemos através de meios
audiovisuais, como a televisão, o cinema e mais recentemente a internet. A
sátira e a paródia aqui ganham elementos novos, pois passa-se a trabalhar com o
jogo de imagens e sons, sendo esses dois os principais elementos com que se irá
criar o efeito cômico ou o efeito crítica-ironia, e não mais através somente do
texto e de sua interpretação. O leitor da sátira e da paródia passa ao espectador
desses estilos que em última análise podem se manifestar em qualquer linguagem.Uma das
características da sátira antiga é a apropriação paródica dos mais diversos
gêneros literários da Antiguidade, incluindo uma heterogeneidade estilística em
que prosa e verso encontravam-se misturados no mesmo texto. Mas outra
etimologia, ligada à língua grega, associa a sátira à figura mítica do sátiro,
lembrando uma de suas características mais importantes, já encontrada na
comédia antiga e transmitida ao romance: a irreverência. O que caracteriza a
irreverência satírica é o seu caráter denunciador e moralizador. De fato, o
objetivo da sátira é atacar os males da sociedade, o que deu origem à expressão
latina: castigat ridendo moris, que se pode traduzir livremente como
"castigar os costumes pelo riso". Por seu caráter denunciador, a
sátira é essencialmente paródica, pois constrói-se através do rebaixamento de
personalidades (reais ou fictícias), instituições e temas que, segundo as
convenções clássicas, deveriam ser tratados em estilo elevado. Ou seja: a
sátira ri de assuntos e pessoas "sérias", para denunciar o que há de
podre por trás da fachada nobre impingida à sociedade. Portanto o riso satírico
é diametralmente oposto à idealização épica.Sendo o riso satírico
em geral extremamente sarcástico, o grotesco é um dos procedimentos favoritos
do satirista, que costuma mostrar a deformação grotesca do corpo do personagem
satirizado como uma alegoria dos seus defeitos morais.Um poeta muito
conhecido por suas sátiras foi Gregório de Matos e Guerra, poeta de estilo barroco.Técnicas satíricas
mais utilizadasDiminuição - Reduz
o tamanho ou grandeza de algo de forma a tornar a aparência ridícula ou de
forma a fazer sobressair os defeitos criticados. Por exemplo, quando alguém,
num discurso político, decide chamar "bando de garotos" aos membros
de outro partido, usa a diminuição. A primeira parte de As Viagens de Gulliver,
passada na ilha fictícia de Liliput, é também uma sátira diminutiva.Inflação - Quando
se exagera, aumentando, algum aspecto da coisa satirizada. Tal como a
diminuição, é uma forma de hipérbole (negativa no primeiro caso, positiva, no
segundo). O exagero das dimensões de algo serve também para acentuar os
defeitos daquilo que se pretende satirizar. Como exemplo desta técnica, podemos
considerar a obra de Alexander Pope, The Rape of the Lock.Justaposição -
Coloca ao mesmo nível coisas de importância desigual, de forma a rebaixar
algumas, supostamente "elevadas" ao nível de outras consideradas
menos nobres. Por exemplo, quando alguém diz que as suas disciplinas preferidas
na escola são Cálculo Diferencial, Física e "micar as gajas"
(expressão usada, no calão, em Portugal, e que significa: olhar para as
garotas), estará a colocar as disciplinas científicas, supostamente mais
elevadas e edificantes, ao mesmo nível de um passatempo que apela a instintos
mais básicos. Wikipédia
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